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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Quando eu finalmente esquecer

Droga, de novo!
É sempre o mesmo ritual, primeiro dia a dor no coração, no segundo ela já fica mais amena.
As vezes dá aquela fisgada, a garganta fecha e dói e você dorme e sonha com o infeliz.
Ai passa a primeira semana, você vê filmes de comédia romântica e chora enquanto espera o infeliz te ligar e dizer que não aguenta mais um segundo sem você. Mas, ai ele não liga e você vai dormir infeliz e chorando.
Na segunda semana sem ele, você já consegue ver filmes assim sem quase morrer.
Mas, (sempre tem um mas) as lembranças vem atormentar.
E você se lembra da última segunda-feira que vocês passaram juntos, das risadas, das brincadeiras, lembrou daquele sorriso e de como ouvir a voz dele era sensacional e de que ele já te superou e é com a outra pessoa que ele está passando uma segunda-feira, terça-feira, quarta-feira.... maravilhosa.
Ele não te liga mais depois que chega de viagem e fica um tempo sem te ver, pedindo para vocês se encontrarem, ele manda para ela.
Ok, o foco não é esse.
Ai chega a terceira semana, as lembranças machucam menos.
Você só deseja que ele se fod*.
Na quarta é tanto faz.
Na quinta você se pergunta, quem é ele mesmo?! Qual era a sensação de ver ele?!
Ah eu não vejo a hora de chegar nessas próximas semanas.
Porque quando eu finalmente esquecer, você vai passar na minha frente e eu ainda vou dar tchauzinho sem sentir sequer um friozinho na barriga, vai ser tão normal quanto dar tchauzinho para um estranho.
Quando eu finalmente esquecer, você só será mais um cara que passou pela minha vida e se foi, tão comum, tão normal...
Vai ser só mais um contato esquecido no meu celular.
E quando eu finalmente e realmente esquecer eu não escrevei mais nenhuma linha sobre você.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

8760 horas, 365 dias e 12 meses sem você.

23 de Outubro de 2014.

Um ano. 365 dias. Muitas horas, segundos, momentos..
Um ano é muito tempo para quem sente saudade.
E a minha saudade as vezes parece desaparecer, mas ela só é amenizada.
Todas as vezes que passo pelo seu quarto, vejo alguém de cabelo branco, pele frágil, toda vez que vejo um "vovô", meu peito dói, as lágrimas enchem os olhos, um sorriso automático se apossa de meus lábios.
Hoje mesmo, olhando nossas fotos antigas, vendo o meu sorriso bobo por estar do seu lado e vendo você ali, senti vontade de ouvir sua voz, de lhe abraçar.
Os últimos momentos que tivemos juntos, foi quando você levantou-se de madrugada, vestindo uma camisa vermelha e uma fralda, foi até o quarto da minha mãe e abriu a porta, eu lembro que levantei, briguei com você e mandei você dormir.
Então, ouvi o roncar do seu peito, o chiado que dele saía, cada vez que você respirava e pedi a Deus, que se você fosse parar de sofrer, nós aqui aguentaríamos a dor da sua perda.
Lembro, que naquela mesma manhã, você estava com muita falta de ar.
A última visão que tive sua, foi quando você foi levado para a ambulância, em uma maca hospitalar, com máscara de oxigênio e pensei que naquele mesmo dia você estaria de volta.
Mas você não voltou.
Quando recebi a ligação que tanto temia, quando me disseram que aquele poderia ser o seu último dia eu fiquei parada.
Absorvi a notícia, não soltei uma lágrima sequer.
Eu não preguei os olhos naquele dia, não dormi, não consegui.
Quando minha mãe, se levantou e disse que ia ao hospital, pois o médico havia chamado todos os filhos, eu soube.
Eu soube que você já não estava mais conosco, outra vez nada de choro.
Eu só fui chorar, quando entrei na capela do cemitério, fui a segunda pessoa a entrar.  Mal coloquei meus pés lá e quando lhe vi, já sem vida, deitado ali naquele caixão, foi nesse exato momento que meu coração apertou e as lágrimas caíram. Descontroladamente.
Saí do recinto, sequei as lágrimas, voltei lá fingindo-me forte.
Olhei seu rosto, adormecido, calmo, tão empalidecido.
Eu não teria mais você no meu dia-a-dia, não ouviria você falar sobre a mesma coisa diversas horas do dia.
Não ouviria sua canção, não sentiria seu cheiro e não teria com quem brigar.
Os primeiros meses foram terríveis, automaticamente me pegava fazendo coisas e encaixando você nelas, mas você não estava ali.
Hoje, um dia antes do seu aniversário, no dia em que faz um ano que você se foi a dor tomou conta de mim, assim como toma cada vez que lembro-me de você.
Mas o que me conforta nisso tudo é que você está melhor agora, sem dores. Sem sofrimento.
Mas eu queria muito que você soubesse, que meu amor é muito grande e que eu agradeço muito por ter tido você na minha vida e que eu sinto saudades  e que me lembro de tudo que passamos juntos.
Desde que eu era uma frágil criança.
Vô, aonde quer que você esteja, você sempre será parte de mim.

domingo, 19 de outubro de 2014

Escrevi dois textos hoje sobre você. Ambos se perderam quando meu computador desligou sozinho, péssima mania a minha de não salvar o que já está escrito para evitar situações assim.
Ainda Lembro-me sobre o que se tratava um dos textos, nele dizia que mais uma vez eu passava por uma mesma situação, com apenas algumas pequenas mudanças.
Nele eu ainda reclamava que você não valia nada e que não valia a pena sofrer pelo o que teve fim.
Ou por ter perdido tanto tempo.
De certa forma, não podemos fazer com que o nó na garganta se desmanche facilmente ou fazer com que as memórias desapareçam em um passe de mágica.
Estou lhe transformando em texto mais uma vez, daqui alguns meses eu vou rir do que escrevi, vou achar patético e revirar os olhos ao pensar "Como eu cheguei a gostar de um cara assim?!"
Daqui um tempo, seu sorriso não vai aparecer na minha mente em momentos inoportunos, eu não vou lembrar do seu abraço e da sua cara de sono.
De como era engraçado quando você estava acordando ou falava dormindo.
Aquilo era o lado bom da vida.
Mas agora o lado bom da vida vai ser eu, eu mesma e o mundo.
E essas lembranças não vão mais doer ou fazer falta.
Eu não vou virar a página, eu vou rasgá-la.
É o nosso fim.
Eu deveria desejar  a sua felicidade, mas não vou bancar a boazinha.
Eu desejo é que você quebre a cara mesmo. Assim como eu quebrei.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Adeus, Goodbye, Au revoir, Güle güle

Assim como as coisas começam, elas terminam.
Nem tudo o que reluz é ouro.
Tem vezes que aquilo que você pensou ser diamante não passava de um pedaço de vidro.
E tem aquela pessoa, que te fazia sorrir por horas, fazia o seu dia valer a pena, era a dona do seu sorriso favorito, fazia com que seu desgosto por abraços sumissem, trazia paz e segurança, mas no fundo ela não era a pessoa certa e não fazia com que você fosse você mesma. Lhe deixa com medo, receio e inibe o seu jeito e essa pessoa era você.
Nem tudo que parece certo e real, é certo e real.
A verdade é que temos que seguir em frente quando a vida nos mostra a verdade por trás das máscaras, das cortinas.
Mas eu realmente queria que as coisas não tivessem sido como acabaram sendo.
Lembro do primeiro texto que fiz sobre você, nele eu me perguntava se teríamos fim naquela mesma semana que lhe conheci.
Não tivemos.
Mas agora eu sei que foi o fim e m
eu Deus, como eu queria que a primeira semana tivesse sido a última.
Eu não teria perdido tanto tempo.
Porém, há males que vem para o bem e olha só, mesmo com tanto tempo perdido, aprendi mais um pouco sobre a vida.
Mas não vou lhe agradecer.
Pois para aprender com a vida temos que sofrer.
E todos sabem que eu detesto sofrer.
Caramba, preciso deixar de ser sentimental.
Tchau.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Eu só queria me apaixonar

Hoje assim que acordei a primeira coisa que fiz foi tatear a cabeceira para encontrar meu celular, afim de ver as mensagens que haviam chegado na noite anterior, e que não consegui ver e responder, o sono não deixará.
Assim que liguei o celular, sua luz fez com que meus olhos doessem.
Fui até a caixa de mensagens. Lá estava a sua.
Quando visualizei aquele seu "Oi, bom dia." matinal de sempre, eu não me animei como das outras tantas vezes...
Foi tão normal, tão sem emoção que nem ao menos esbocei um sorrisinho bobo, não deu frio na barriga...
E o ruim nisso tudo, é que a culpa é toda sua, já que está estampado na sua cara e nos seu olhos a maldita frase "Não sei apaixone por mim, por favor" e então eu não me entreguei ao ponto de me apaixonar pelo cara que me faz rir, tem o abraço mais quente do mundo e um sorriso encantador, eu não me apaixonei, eu me privei do sentimento mais bonito do mundo, eu me privei do lado bom de estar apaixonada.
E hoje percebi que essa nossa relação é morna e está ficando cada vez mais fria.
Eu não queria e não quero algo carnal, eu queria e eu quero algo sentimental.
Eu quero sentir vontade de você, mas eu só sinto desânimo.
E se eu insistir nisso, nesse "nós" e por pura atração e esperança.
Esperança de um dia olhar para você e estar escrito no seu olhar "Se apaixone por mim, por favor" e meu caro, nessa hora eu irei me apaixonar.
Mas por enquanto deixo isso para lá.