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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Quando abro a gaveta da minha cômoda pretendendo arrumá-la, logo vejo bem ali no cantinho, um papel já amarelado pelo tempo, dobrado, preservado.
A curiosidade bate logo, guardo tantos papéis que nem ao menos sei do que se trata.
Quando pego-o em minhas mãos, levo-o até meu nariz, pretendendo sentir o cheiro de papel velho.
Mas sinto cheiro de perfume envelhecido, já um pouco fraco.
E aquele aroma trás-me algumas lembranças, abro-o logo, com pressa e me deparo com aquela caligrafia já tão conhecida por mim. As curvas em cada final de palavra, mas o que mais chama-me a atenção é o que diz no tal papelzinho que antes estava escondido no fundo da gaveta.
Ali, naquele simples papel, existem "palavrinhas" tão simples que demonstram todo o amor que você sentia por mim.
Ao ler o primeiro parágrafo, meus olhos já encontram-se levemente marejados.
Quando chego ao fim, as lágrimas já caiem livremente, o sorriso já encontra-se brotado em meu rosto.  Brotou automaticamente.
Suas palavras ainda mantinham o mesmo efeito sobre mim, simples assim.
E tive vontade de voltar no tempo, mas não dá mais. Já passou, acabou.
O que me resta fazer, é colocar o papel dobradinho no mesmo lugar, bem lá no fundo, para da próxima vez, quando encontrá-lo de novo, abri-lo novamente e  voltar mais uma vez ao passado e sentir o amor. O verdadeiro amor, aquele que já morreu, mas se eternizou, em um simples pedaço de papel.

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