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domingo, 6 de outubro de 2013

Ele era quente, ai meu Deus como ele era quente!
E eu era fria, como um cadáver, um morto-vivo.
Mas quer saber?! Eu já fui quente como ele, chegava a ferver.
Hoje não mais, não consigo esquentar.
Porque não é uma simples faísca que vai acender-me, não.
Quando virei mulher de pedra, mulher de gelo, não criei um antídoto, mas mais tarde acabei por descobrir que ele existe. Mas ele hoje em dia encontra-se raro no mercado.
Foram feitas poucas doses.
Talvez esse rapaz tão quente, possa ter esse antídoto com ele, mas eu não sei como chegar até ele, pois encontra-se bem la no fundo.
No coração, mesmo.
E maldito seja, ele não deixa-me chegar até lá. Maldito, mil vezes maldito!
Como eu gostaria de voltar a ser quente, de transbordar amor, oh, maldito!
Hoje em dia só sei falar de amor, nem o casal lindo que eu vi ali na esquina, se amando, eu consegui achar lindo.
E olha que um dia, eu era toda "romântica" , tudo era lindo aos meus olhos.
Só que tudo mudou quando tomei o veneno, porque amor usado sem ler a bula de remédio de coisa boa vira veneno.
Fica ruim.

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