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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

De longe se via que aquela garota seguindo em direção ao bar não aguentava-se mais em pé, seguia cambaleando e tentando dançar e se equilibrar com um salto 11 finíssimo, ela deixava a batida da música levá-la, os olhos por hora fechados e outrora abertos, um sorriso no rosto contagiante.
De vestido curto e brilhante, com os cabelos bagunçados e a voz rouca, tentou pedir mais um drink e acabou enrolando a língua, o barman chegou mais perto e pode sentir o cheiro do perfume doce daquela moça, ele sorriu e não se sabe se foi por achar graça da garota ou pelo cheiro tê-lo agradado, depois de alguns gritos e enrolação, ele atendeu seu pedido, uma dose de tequila, a quinta da noite.
A felicidade depois de levantar o copo, brindar sozinha e beber todo o líquido que continha naquele "copinho" era de se ver do outro lado da pista.
Quem via a garota ali, rindo sozinha, se deliciando ao som das músicas, perguntava-se qual o problema dela, mal eles desconfiavam que não havia problema nenhum, pelo menos não mais, ela apenas estava divertindo-se, indo a loucura, talvez passando vergonha, talvez nem lembre do que aconteceu no outro dia, mas quando encontrar dentro do decote de seu vestido um bilhete com o nome e o número do tal barman boa pinta, ela talvez se recorde de alguma coisa do que aconteceu, talvez telefone para ele e ele conte tudo detalhe por detalhe do que ele viu e acabem rindo por horas e horas, a festa havia rendido muito mais que um novo paquera, mas um momento de felicidade, uma felicidade que apenas ela poderia se dar.

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