
A vida me pede tranquilidade, mas eu não sei ser tranquila.
Me manda ter calma, mas perco a paciência em menos de cinco minutos.
Insinua que falar alto é coisa de gente sem classe, minha classe então é zero.
Desenha na minha testa que preciso de um novo amor, mas meu coração está tão feliz sozinho.
Diz que tenho que abaixar a cabeça para muitas coisas, mas meu orgulho faz com que minha cabeça fique lá nas alturas.
Fala no meu ouvido para eu sair mais, conversar mais com todo mundo e ser simpática vinte quatro horas por dia, mas se eu não gosto ou não quero eu não forço.
Acho que nasci para ser rebelde, anti-social, não me casar, não forçar simpatia, dizer não quando eu quero.
Nasci para ser chata, irritante e gritar bastante.
Mas não posso negar que já até tentei seguir a risca tudo o que consta nessa lista, mas não funcionou.
Hoje escrevo um texto que não é sobre amor, amor é algo que nesse momento não sinto.
Não tem traço nenhum de romantismo no meu peito.
Eu deveria agradecer, mas acredito que perdi minha essência.
Esse não é um texto sobre amor, amizade ou qualquer coisa bonitinha.
É só mais um desabafo sem sentido, só mais um pouco do que eu sinto que transbordou.
Só um pouquinho de mim, um pouco do momento, só para deixar registrado o dia que eu parei de respirar e transbordar amor.