Ele era daquele tipo que eu costumo dispensar, daquele tipo que eu sei que não vamos nos alinhar.
Tive meu momento de pré-conceito, criei todo um caráter em cima do que julguei logo de cara.
Sim, eu sei que é errado, mas você pode me dizer que nunca cometeu o mesmo erro?!
Eu sempre cometo esse erro, mas na maioria das vezes meu instinto sobre alguém é certeiro.
Dessa vez, pelo menos no que pareceu meu instinto me enganou feio.
Ele tinha um sorriso doce, um sorriso que me fazia querer sorrir também.
Uma voz tão boa de se ouvir e transmitia segurança, a bendita segurança.
Acho que tudo isso bastou para que eu me sentisse tranquila e esquecesse aquele pré-conceito, ele já havia me mostrado que eu estava errada.
E foi assim que eu acabei me mostrando demais.
Mostrando quem eu sou realmente, tão rapidamente. Sem neuras, medos e anseios.
Tudo saiu tão naturalmente, eu agia naturalmente e não pensava tanto antes de agir.
Não costumo ser assim, não costumo soltar as rédeas tão cedo.
É claro que tive medo dele ir embora, dele fugir.
Mas ele ficou.
E eu suspirei feliz.