Tem quem diga que se deve esperar. Tem quem diga que se deve arriscar.
Agora posso dizer que experimentei os dois. Confesso que tinha medo de arriscar, era um passo que eu não daria, gosto de tudo premeditado e um pouco "certo".
Mas eu arrisquei quando disse sim para você, ignorei todo o meu jeito "certinho", paguei pra ver. Mergulhei de olhos fechados, mergulhei fundo sem pestanejar.
Eu não sabia como seria, não sabia se iria me apaixonar de verdade e perdidamente, costumo não me apaixonar por quem eu sei que gosta de mim.
Mas tudo tem sua exceção, correto?! Você foi minha exceção à regra. Você é minha exceção à regra. Eu arrisquei mesmo odiando arriscar.
Me apaixonei mesmo quando é difícil eu me apaixonar assim.
Você fez dar certo o que sempre deu errado e eu olho para você e sinto vontade de ser a melhor pessoa do mundo, de te abraçar e não soltar nunca mais, mas preciso manter a pose.
Fingir de durona. Negar que no fundo eu sou a pesso
a mais fofa do mundo, eu era assim.
Hoje em dia uso a indiferença e a falta de delicadeza e carinho como armadura, por puro medo de sofrer.
Mas quando meus olhos se encontram com os seus olhos azuis brilhantes eu quase me perco por alguns segundos.
Eu acho que chegará o dia que eu vou me perder e não poderei mais segurar o peso dessa armadura. Mas por enquanto eu fico aqui, fingindo ser de pedra quando sou de algodão.