Páginas

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Eu realmente só queria me aventurar um pouco, fugir dessa rotina ridícula que eu havia meio que me obrigado a cumprir, mas eu não havia conseguido.
Bom, parte de não ter conseguido não foi culpa minha, porque depois de tanto imaginar como seria e fazer-me perguntas internamente que as vezes nem eu mesma conseguia responder-me, acabei aceitando e bom no final nada aconteceu, deu problema, cancelou-se nosso pequeno encontro, de nada havia adiantado todo o tempo que perdi pensando sobre.
Mas eu queria mudar tudo isso por isso eu aceitei, não queria?! E mesmo com minha consciência dizendo "não isso é algo arriscado e você jamais fez isso antes" havia algo em mim dizendo "Vai fundo, se joga garota! Vive porque a vida é uma só!"
E nessa indecisão eu aceitei e só não fui porque o destino não quis assim. (Eu joguei a culpa nele mesmo, até você aí joga!)
Só que no fundo eu queria que tivesse dado certo, que as coisas tivessem acontecido realmente.
Eu me preparei tanto para nada?! Haja paciência!
Eu só queria ter saído da rotina um pouco, ter me divertido, ficado lá sentindo só a presença dele do meu lado na cama, com suas pernas enroladas nas minhas, com o lençol tapando seu corpo desnudo, com a respiração ainda ofegante e dentro dos seus braços fortes, mesmo que no outro dia minha missão era fingir que nada tinha acontecido.
Por que teria sido coisa de momento, aquela vontade que deu e pronto passou.
Aí eu penso, se tivesse sido assim como eu estaria agora?!
Porque bem, eu tenho o coração frouxo, eu ter deixado o meu coração ali naquela cama de casal grande, naquele quarto tão masculino, sem muita decoração, com um vídeo-game e uma televisão, um computador talvez.
CDs e todas as coisas do universo masculino, eu estaria arrasada de fato.
Ele ficaria ali e ele jogaria fora (o meu coração) , por que ele já está acostumado com a cada dia um corpo diferente deitar nos seus lençóis brancos e desfrutar da sua presença e sentir seu perfume, para ele tudo é muito fácil e seria fácil, mas para mim seria uma coisa nova.
E eu apesar de gostar do novo, não era certo aceitá-lo tao depressa, já que eu me entrego mesmo, eu sou assim, frouxa mesmo.
Eu iria querer só levantar dali no outro dia pela manhã, ter café na cama.
Mas a realidade seria bem diferente, eu sabia quando disse "Sim eu topo ir na sua casa." quando o filme tivesse acabado, quando nós tivessemos acabado, era cada um para o seu canto, é hora de juntar suas roupas, entrar no carro esperá-lo dar partida e largar-lhe na porta de casa com um beijinho no rosto e um sorrisinho de "estou satisfeito, obrigado" , mas um pontinho de esperança de ser diferente existia em mim.
Mas tudo que vem fácil vai fácil né?!
Só que eu nunca tinha sido tão 'fácil' assim, não sei o que você tem que quase mudou minha rotina de vida e meu jeito 'certinho' de viver.
Será que foi esse seu cabelo tão bem penteado? Ou seu sorriso tão bem desenhado?
Nem eu sei, talvez seja culpa do meu coração frouxo que gostaria de viver um pouco mais.
E eu agradeço ao destino por não ter me permitido quebrar minha rotina com você, pois a essa hora meu texto seria sobre como eu consegui ser idiota e estava ficando perdidamente apaixonada por um idiota, mas ele é apenas um texto sobre como eu quase vivi loucamente pela primeira vez na vida.